Prévia Super 10 - Grupo Amarelo

O grupo amarelo reúne o maior número de campeões, e títulos brasileiros, nada menos do que 28 no total. Dos cinco integrantes, apenas o Farrapos, que estréia na competição e possui apenas três anos de vida, não levantou o título nacional ainda. No entanto, a ambições do caçula do grupo podem supreender os rivais mais experientes.

 

 

 

 

Hexa campeão nacional, sendo que todos os títulos foram conquistados nos últimos dez anos, atual octacampeão do Campeonato Paulista, o mais disputado torneio estadual e com diversos jogadores na seleção, o São José é favorito ao título em qualquer competição que participe. Isso não é por acaso. O seu forte trabalho social com categorias de base revela ano após ano novos jogadores de qualidade que mantém o nível da equipe sempre no auge.

 

A equipe está invicta desde março de 2010, quando foi derrotada pelo Bandeirantes, e desde então sofreu apenas dois empates. Favoritos? Sim. mas o favoritismo não agrada seu técnico argentino, o cordobés Ignácio "Nacho" Ferreyra, que usa uma experiência recente para manter seus jogadores com o pé no chão. "Tivemos um jogo muito difícil contra o Rio Branco no returno do paulista, eles estavam na última colocação, e quase nos venceram."

 

Entre os muitos destaques do time, que possui uma linha extremamente poderosa, sobressaem os irmãos Duque que fazem grande temporada especialmente com a seleção brasileira, onde  obtiveram grande êxito no seven a side e no XV. Luca Duque será um dos representantes brasileiros no confronto contra os Pumas. Bruno Rossi, autor do maior número de tries, é um nome importante entre os forwards.

 

 

 

Os ingleses do SPAC são os maiores campeões brasileiros, somando doze títulos, incluindo um recorde de seis títulos seguidos, entre 1964 e 1969. No entanto, o título não fica de posse da equipe de Santo Amaro desde 1999, e as chances para o time nunca estiveram tão boas.

 

Faz pouco mais de um ano que o SPAC ressurgiu. A equipe realizou péssima campanha no campeonato paulista de 2010, sofrendo inclusive uma derrota vexatória ante o São José em casa, por 88 a zero. Menos de um mês depois, a equipe voltaria a enfrentar os futuros campeões nacionais de 2010, porém quase venceram. Uma difícil vitória para os joseenses por apenas 4 pontos de vantagem. A reviravolta em tão pouco tempo, que contou com reestruturação dos treinamentos e maior envolvimento de Felipe Claro, o “Alemão” na preparação, deu resultado, e a equipe brigou até o final com o Desterro, mas terminou na terceira posição geral.

 

No paulista desse ano, a equipe fez bons jogos, como o empate com o São José (estava vencendo até os minutos finais) e grande vitória sobre o Pasteur, mas também vacilou no confronto direto contra o Bandeirantes, sofrendo duas derrotas, e acabou na terceira posição. 

Capitaneados por Felipe Claro, os SPACianos combinam um conjunto muito equilibrado de forwards e backs, com destaque para Luiz Ricca na terceira linha, Aleksander Lotto e Jardel Mendonça na primeira linha, e André Luiz  "Boy", que vem muito bem na ponta. 

 

 

 

O rubro negro do Rugby brasileiro, faz bonito nos campos de Rugby assim como o seu par no futebol. Com seis títulos, sendo o último ainda em 1990, o Niterói é absoluto no seu estado, e uma ameaça constante nas disputas nacionais, protagonista sempre de partidas muito disputadas. Um prova pode ser vista pelo desempenho da equipe no ano passado. Apesar de terminar somente na quinta posição, o time teminou com o mesmo saldo de pontos do vice campeão Desterro. Enfrentar o Niterói é sinômino de jogo duro e placares baixos.

 

Representando o único time do Rio de Janeiro, o destaque da equipe reside no seu jogador mais experiente. Daniel Gregg, com inúmeras passagens pela seleção, incluindo o grupo que se destacou nas campanhas do Seven a side nesse ano, é a referência na linha. Na primeira linha, Júlio Figalo, o Panda, será um dos representantes do Brasil na equipe que enfrentará os Pumas, no próximo dia seis de agosto.

 

 

 

Tetracampeão brasileiro, o Rio Branco jogou a segunda divisão paulista em 2010, e não foi bem no extinto Super 8, superando apenas o Curitiba. Em 2011, a equipe seguiu reforçando seu trabalho extra campo, com a reforma de uma sede que permitiu à equipe conseguir melhores condições de treinamento e a reestruturar sua categoria de base. Dentro de campo no entanto, a equipe não foi bem, terminando na última colocação do Paulista, pecando nos momentos decisivos de partidas difíceis, como contra São José e SPAC. A sorte também não foi amiga da equipe da Zona Oeste, que sofreu com uma série de lesões de diversos jogadores chave para a equipe, mas que aos poucos começam a reforçar o time no momento importante do ano.

 

O Rio Branco é famoso por seu pack de forwards muito forte, onde frequentemente concentram suas ações, mas a linha recebeu uma série de reforços da enfermaria, e mostrou que pode dar trabalho nesse campeonato. Em um time com média de idade relativamente alta, os destaques são jogadores já consagrados em solo brasileiro e internacional. Antônio Górios, eleito melhor jogador de 2010 em eleição da CBRu, é a referência nos forwards. Na linha, Mauríco Carli continua em grande forma, passando sua experiência para os demais backs, e segurança para o time.

 

Curiosamente, o último título dos Pelicanos veio em 2006, quando a equipe era comandada pelo recém chegado Pierre Paparemborde, hoje um dos comandantes do Farrapos, adversário do mesmo grupo nesse ano.

 

 

 

Em um grupo com tantos clubes tradicionais, o Farrapos é a maior incógnita. Não se questiona o potencial desse grupo, formado há apenas 3 anos e sob o comando do Pierre Paparemborde (ex-treinador do Rio Branco e da seleção brasileira) e Carlitos Baldassari (presente no plantel uruguaio que foi ao mundial em 2007) já domina o cenário gaúcho e ganhou direito de disputar a elite nacional, defendendo uma invencibilidade de dois anos.

 

Vindos de Bento Gonçalves, no interior gaúcho, o Farrapos encarou com louvor sua primeira incursão no cenário nacional, ao vencer a Copa do Brasil em 2010. Para isso, contou com um bom conjunto de forwards e a pontaria incrível de Leonardo Scopel, abertura do time que não costuma desperdiçar chutes, e pode ser uma arma decisiva para as pretensões do time em um grupo muito equilibrado. Nos preparativos para o Super 10, além de conquistar o bicampeonato gaúcho, enfrentou o Curitiba, na casa do adversário e venceu.

 

Fonte: Blog do Rugby