14-10-2011 07:47
País de Gales e França disputarão no sábado a vaga na grande final da Copa do Mundo. Galeses e franceses jamais conquistaram o título mundial, e buscam o maior feito de suas histórias. A França já chegou duas vezes à grande decisão, em 1987 e 1999, mas perdeu as duas disputas, para Nova Zelândia e Austrália, respectivamente, as duas seleções da outra semifinal. A Nova Zelândia já inspirou antes os Bleus. A única Copa do Mundo disputada em terras kiwis teve a França como finalista. Mas os ares do Pacífico também inspiram os Dragões, que havia chegado apenas uma vez em sua história às semifinais, justamente em 1987.
Em 2011, França e Gales se enfrentaram pelo Seis Nações, e os Bleus conseguiram uma tranquila vitória por 28 x 9, quando se impuseram de forma convincente. Mas, de lá para cá, a situação se inverteu, a França sofreu muito para chegar às semifinais, enquanto Gales voou de vento em popa.
Quem será o europeu na grande final?
País de Gales
Os galeses são a grande sensação da Copa do Mundo de 2011. O jovem time vermelho, capitaneado pelo jovem e inspirador Sam Warburton,demonstrou um rugby completo. Forte na articulação das unidades, com um scrumencarando qualquer adversário e igual para igual e uma linha digna das melhores tradições do rugby galês, Gales é talvez o time que chega mais forte às semifinais. Apesar de terem uma derrota nas costas, na estreia contra a África do Sul, por apenas 1 ponto, os galeses apresentaram apenas melhoras ao longo do Mundial. Venceram Samoa, apesar das dificuldades impostas pelo scrum adversário, massacraram Fiji, e venceram de forma mais que convincente a Irlanda, sobrepujando o adversário em seu ponto mais forte, a terceira linha. Gales chega mais que preparado para os duelos decisivos, mas tem um retrospecto recente desfavorável diante da França.
Para o confronto contra os Galos, o técnico Warren Gatland fez uma alteração: o abertura Rhys Priestland, lesionado, deu lugar a James Hook, que poderá ser um ganho à equipe, já que Priestland se mostrou instável ao longo do torneio. Hook deverá fazer uma dupla incisiva com o scrum-half Mike Philips. Sem problemas no scrum, Gales promete seguir forte nas formações. A perigosa linha tem jogadores jovens, e apenas Shane Williams (de 34 anos, ex-melhor do mundo pelo IRB), tem idade superior a 24 anos de idade entre os atletas de centro, ponta e fullback titulares. Apesar da juventude, a inteligência tática e a capacidade de jogar com chutes é característica forte dos 3/4s galeses.
França
Do inferno ao céu. A França conseguiu superar sua péssima fase e avançar às semifinal da Copa do Mundo. A França fez uma campanha medíocre na primeira fase, sendo atropelada pela Nova Zelândia e derrotada por Tonga, naquela que foi a maior derrota da história do país no rugby. Com sérios problemas internos, e bombardeada de críticas, a França se reergueu derrotando a Inglaterra. Os franceses não sanaram seus defeitos, apresentando ainda falhas na linha defensiva. Mas, ao menos, souberam jogar com inteligência, derrotando os ingleses taticamente, demonstrando, acima de tudo, união no elenco, enfim.
O criticado técnico Marc Lièvremont, de bigodinho peculiar, manterá o mesmo time que derrotou a Inglaterra. Isto é, pela quarto jogo consecutivo, Lièvremont apostará em Morgan Parra (scrum-half de origem) como abertura, deixando, mais uma vez, François Trinh-Duc (abertura de ofício) no banco. O técnico também manteve a dupla de centros Mermoz e Rougerie, que apresentaram sérios problemas defensivos ao longo do certame. A aposta francesa é repetir a boa atuação de seus forwards, garantindo a bola para a sua linha brilhante produzir, e impedir ao máximo que os galeses usem sua linha para explorar seus buracos defensivos.
Para a partida decisivam a única certza é a incerteza. A França é imprevisível: pode levar uma sova ou jogar brilhantemente. O jogo de sábado promete!
Caminho no Mundial
País de Gales
África do Sul 17 x 16 País de Gales
França
Histórico do confronto:
88 partidas, 43 vitórias do País de Gales, 42 vitórias da França e 3 empates
Último confronto: França 28 x 9 País de Gales, em março de 2011
Sábado, dia 15 de outubro, 5h00 (horário de Brasília), em Auckland
País de Gales: 15 Leigh Halfpenny, 14 George North, 13 Jonathan Davies, 12 Jamie Roberts, 11 Shane Williams, 10 James Hook, 9 Mike Phillips, 8 Toby Faletau, 7 Sam Warburton (c), 6 Dan Lydiate, 5 Alun-Wyn Jones, 4 Luke Charteris, 3 Adam Jones, 2 Huw Bennett, 1 Gethin Jenkins.
Replacements: 16 Lloyd Burns, 17 Paul James, 18 Bradley Davies, 19 Ryan Jones, 20 Lee Williams, 21 Stephen Jones, 22 Scott Williams.
França: 15 Maxime Médard, 14 Vincent Clerc, 13 Aurélien Rougerie, 12 Maxime Mermoz, 11 Alexis Palisson, 10 Morgan Parra, 9 Dimitri Yachvili, 8 Imanol Harinordoquy, 7 Julien Bonnaire, 6 Thierry Dusautoir (c), 5 Lionel Nallet, 4 Pascal Papé, 3 Nicolas Mas, 2 William Servat, 1 Jean-Baptiste Poux.
Suplentes:16 Dimitri Szarzewski, 17 Fabien Barcella, 18 Julien Pierre, 19 Louis Picamoles, 20 Francois Trinh-Duc, 21 David Marty, 22 Cedric Heymans.
Árbitro: Alain Rolland (Irlanda)
Fonte: Blog do Rugby
