ALL BLACKS - BI-CAMPEÕES MUNDIAIS.
23-10-2011 21:20
Os All Blacks conquistaram o Mundial de Rugby depois de 24 anos, após uma dura batalha contra os Bleus, que, após um início apático, fizeram uma reviravolta na partida, jogaram melhor, e por pouco não tomaram o título dos anfitriões. Desde já, uma das maiores finais da história. A França fez sua melhor partida no Mundial, mas voltou para casa de mãos vazias mais uma vez. Após Após tantas gerações, no mesmo palco e contra o mesmo adversário, a Nova Zelândia se sagrou bicampeã mundial, igualando-se às rivais Austrália e África do Sul como as maiores campeãs da Copa do Mundo de Rugby.
A decisão começou com tudo, muito disputada na zona intermediária. Logo aos cinco minutos, Piri Weepu desperdiçou a chance de abrir o placar, com um penal muito mal cobrado, mostrando um pouco do nervosismo que ficou claro entre os All Blacks nos minutos iniciais da grande final.
A partida seguiu muito equilibrada até os dez minutos, e a França viu Morgan Parra substituído por Trinh-Duc (ele voltaria a campo cinco minutos depois e sairia definitvamente a partida ainda no primeiro tempo). Ambas apostaram nos chutes para empurrar o adversário para seu campo defensivo e, em um chute brilhante de Weepu, os All Blacks se puseram a 10m do ingoal. Assim saiu o primeiro try da partida. Na cobrança do lineout, a bola ficou com o pulador All Black, que ligou Tony Woodcock, sem marcação nenhuma e com muito espaço para correr até o ingoal, entre a formação, para abrir o placar.
Weepu desperdiçou o chute, mas o nervosismo da equipe passou, e a Nova Zelândia começou a jogar bem e ao seu estilo. Logo na sequência, uma rápida torca de passes na linha levou os All Blacks aos 22m do campo adversário, mas acabaram desperdiçando a chance.
A exemplo do primeiro confronto entre as equipes, a França se retraiu consideravelmente depois dos quinze minutos iniciais e cedeu ao domínio adversário. Porém, dessa vez, os donos da casa não conseguiram traduzir a superioridade em tries, e para piorar, Weepu desperdiçou seu terceiro chute do dia, o que poderia complicar para a equipe em caso de uma reação francesa, que não veio na etapa inicial.
Com pouco mais de dez minutos para o fim da etapa inicial, os Al Blacks também sofreram um baque. Aaron Cruden lesionou o joelho ao ser tackelado, e não conseguiu continuar na partida, entrando Stephen Donald (que até as quartas-de-final estava em casa) em seu lugar. A França voltou ao campo de ataque nos cinco minutos finais, e Trinh-Duc teve a chance de diminuir a vantagem adversária com um drop, que passou à direita dos paus, e logo depois, o mesmo jogador conseguiu uma grande corrida, saindo do campo defensivo e passando pela linha adversária. Trinh-Duc foi alcançado e derrubado, e a jogada não seguiu, mas mostrou que a frágil liderança dos All Blacks poderia mudar a qualquer momento. As equipes se dirigiram ao vestiário com o placar de apenas 5 a0 para os donos da casa.
Logo no recomeço, a França mostrou que não estava disposta a sair da Nova Zelândia de mãos vazias, com uma boa corrida de Rougerie e um drop desperdiçado de Trinh-Duc, que passou à direita dos paus. A França começou melhor, mas quem anotou primeiro na etapa final foi a Nova Zelândia, com Stephen Donald, assumindo as funções de chutador, e ampliando a diferença para oito pontos.
A vantagem neozelandesa foi para o espaço logo depois, após um erro infantil de Weepu, que ao tentar recuperar uma bola que estava no chão, chutou curto para o lado, na mão de Trinh-Duc, que correu até perto da linha de 5m, passando para Yachvili, que rapidamente ligou o apoio, terminando no try do capitão Dusautoir, que, seguido da conversão de Trinh-Duc, colocou os Bleus na partida com apenas um ponto de desvantagem.
A partida pegou fogo, contrapondo dois estilos muito diferentes de jogo. Enquanto que os Bleus jogaram do seu modo, com a bola na mão e com muita velocidade, os All Blacks pouco criaram e se limitaram a empurrar a França para trás com um jogo de chutes pouco eficiente, que dava a posse de bola para o adversário trabalhar. As substituições realizadas deixaram os Bleus melhores na partida, que pressionaram cada vez mais, rumo à virada, e faltando menos de quinze minutos para o fim, já dominavam a partida territorialmente e nos fundamentos principais.
Os All Blacks se seguraram como puderam até o final, mantendo a posse de bola em cada ruck, fazendo o tempo passar nos cinco minutos finais. Já nos acréscimos, e com a posse de bola em mãos, a equipe ainda teve uma infração a seu favor, e o árbitro Craig Joubert assinalou o final da partida e de um jejum de 24 sem título dos All Blacks, que seguem imbátiveis no Eden Park.
A França se superou, fez sua melhor partida do mundial e o Mundial estaria em boas mãos se tivesse ido para Paris, mas a Webb Ellis Cup ficará em Wellington pelos próximos quatro anos. A Nova Zelândia nem de longe paresentou o seu jogo típico, mas conquistou o resultado, terminando o Mundial de forma invicta.
O melhor jogador da partida foi Thierry Dusautoir, capitão francês.
Parabéns aos All Blacks!
Fonte: Blog do Rugby