Samoa é campeã do Las Vegas Sevens
Neste domingo, Samoa se sagrou campeã do Las Vegas Sevens, a 5ª etapa da Série Mundial de Sevens! Os samoanos eliminaram a poderosa seleção de Fiji nas semifinais, para chegarem à grande decisão contra a líder do circuito, a Nova Zelândia, conquistando o título do torneio americano em grande estilo. A emocionante final em Las Vegas deu a Samoa seu primeiro título na temporada, e a quinta posição na classificação geral.
O Las Vegas Sevens foi histórico também para a Seleção Brasileira. Um dos convidados para disputar o torneio, o Brasil ganhou uma experiência valiosa nos Estados Unidos, enfrentando as maiores seleções do seven-a-side mundial! De fora do circuito desde 2002, o Brasil retornou à competição, com grandes desafios pela frente. Como não poderia ser diferente, o Blog do Rugby esteve junto nessa, com Daniel Venturole cobrindo o Brasil direto de Las Vegas!
Daniel Venturole escreveu na coluna Blog da Redação os artigos do "Diário de Las Vegas", com tudo sobre o que vivenciou em Vegas. Clique aqui para conferir os artigos do "Diário de Las Vegas"!
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Seleção Brasileira começa bem contra os ingleses
A Seleção Brasileira Masculina fez sua estreia no Las Vegas Sevens com um histórico duelo contra a Inglaterra. O Brasil começou a partida muito bem, controlando a posse da posse contra o time inglês, mas a experiência e força do adversário (terceiro colocado do circuito) fizeram a diferença, e os ingleses foram para o intervalo em vantagem de 17 x 0, conseguindo 3 tries, 2 de Dan Norton e 1 de Tom Mitchell. Na segunda etapa, o Brasil mostrou a mesma valentia os primeiros 7 minutos, e buscou atacar a Inglaterra sempre que pôde.
O VII da Rosa conseguiu marcar o quarto try no início, com bela corrida do excelente Dan Norton, que fez seu hat-trick. Mas, o Brasil foi recompensando. Em bela jogada pela ponta, a batalha brasileira pelo try deu frutos. Daniel Gregg, do Niterói, garantiu a posse da bola a centímetros do in goal, e Felipe Claro, o Alemão, do SPAC, cravou o primeiro try brasileiro no torneio. Os ingleses ainda chegaram ao quinto try, com Tom Powell, fechando o jogo em 29 x 5.
Dura derrota para o Quênia
A segunda e última partida do Brasil no primeiro dia de jogos não teve o mesmo brilho da estreia. Sem conseguir manter a posse de bola, o Brasil foi atropelado pelo veloz time queniano, que anotou 6 tries, sendo 4 só no primeiro tempo, para liquidar a fatura. 38 x 0 foi o placar final. O Quênia voou baixo, e ainda se aproveitou de algumas falhas notackle, e "contra-ruckeou" muito bem, apesar de cometer muitos penais, quesito em que os brasileiros melhoraram muito entre um jogo e outro.
O Brasil não encontrou seu jogo nessa partida, não conseguiu criar oportunidades e nos espaços criados, não teve chances contra sua rapidez. O destaque da partida foi Collins Injera, autor de 3 tries.
Sul-Americanos fazem boa campanha na sexta-feira
Argentinos e uruguaios foram muito bem no primeiro dia de jogos do Las Vegas Sevens. Os Pumas fizeram um grande jogo contra Fiji, abrindo o campeonato, e por muito pouco não saíram vitoriosos contra o segundo melhor time atualmente do circuito. Vitória fijiana por 14 x 12. Em sua segunda partida, a Argentina deu a volta por cima e garantir um precioso triunfo, 19 x 14 sobre o Canadá, seu algoz no último Pan-Americano.
O Uruguai, por sua vez, estreou com uma esperada derrota por 35 x 0 para a África do Sul. Os Teros, no entanto, fizeram uma memorável segunda partida, perdendo para a França somente no último minuto. Os uruguaios saíram na frente com 2 tries em 3 minutos, fazendo inesperados 12 x 0. Os franceses descontaram no primeiro tempo, levando o jogo para o intervalo em 12 x 7. No segundo tempo, a França virou o placar no começo, e o jogo se arrastou em 14 x 12 até os minutos finais, quando os Teros fizeram o terceiro try, que parecia que lhes daria um histórico triunfo. Porém, a França arrancou o try vencedor já com o tempo regulamentar esgotado. 21 x 19.
Samoanos e quenianos marcando presença
Nas arquibancadas do Sam Boyd Stadium, a festa foi intensa, e os samoanos e os quenianos macaram presença, em grande número no estádio. Em campo, os favoritos não decepcionaram, com Nova Zelândia, Inglaterra, África do Sul e Samoa garantindo suas vitórias. Apenas a França não foi bem, sendo derrotada por Gales, por 14 x 12, o que deverá custar aos Bleus a vaga na Cup (disputa do título). Os australianos também deverão passar mais um torneio sem disputar o título, já que não conseguiram superar os rivais neozelandeses e samoanos.
No Grupo D, do Brasil, o Quênia se garantiu em boa posição ao bater no sufoco a Escócia, por 17 x 14. Os escoceses saíram com duas derrotas, assim como o Brasil, já que também foram incapazes de derrotar os ingleses: vitória da Rosa por 12 x 7. Assim, Inglaterra e Quênia conseguiram a vaga antecipada nas quartas-de-final da Cup.
Brasil inicia sábado com nova derrota
A Seleção Brasileira Masculina abriu o sábado de jogos no Sam Boyd Stadium. O Brasil duelou com a Escócia pela última partida da primeira fase. E não teve muita chance. Logo no início, Harkness anotou o primeiro try para os escoceses. E fez seu segundo try pouco depois, fazendo 14 x 0 em menos de 3 minutos. A Escócia ainda marcou mais 2 tries no primeiro tempo, com Fleming e Gregor, levando o jogo para o intervalo em 26 x 0. Falhando muito no posicionamento defensivo e nos tackles, o Brasil foi totalmente dominado pela Escócia e não quase nada de posse de bola.
Na segunda etapa, o Brasil corrigiu algumas falhas, e equilibrou um pouco mais as ações. Mas, a virada já não era mais possível, e o Brasil se contentou em segurar um pouco o ataque britânico. A Escócia fez seu quinto try com Gossman, aos 4min30, e o Brasil encerrou o jogo premiado com um try de honra, anotado por Diogo Borges, após pixotada escocesa nas 22. Fim de jogo, Escócia 33 x 5 Brasil. Com isso, a Seleção Brasileira terminou em último lugar no Grupo D.
Nenhuma surpresa entre os classificados
Apesar de não haver nenhuma surpresa entre os classificados às quartas-de-final, alguns resultados não fora os esperados. A Inglaterra não foi capaz de passar pelo Quênia, e por muito pouco não saiu derrotada, com 7 x 7 sendo o resultado final. Com isso, o Quênia avançou como o primeiro colocado do Grupo D, e enfrentará Samoa nas quartas. Os samoanos fizeram um belo jogo contra os neozelandeses, mas no final deu mesmo vitória dos Homens de Preto. Outro jogo interessante se deu entre Argentina e Estados Unidos, que terminou com o apertado triunfo dos Pumas, por 14 x 12, jogando os donos da casa para a disputa das quartas-de-final menores.
Quartas-de-final, e nova derrota brasileira
Nas quartas-de-final menores, o Brasil foi simplesmente atropelado pela Austrália, pelo maior placar da competição até aqui: 50 x 0. Com a quarta derrota, o Brasil foi relegado à disputa do Shield (de 13º a 16º lugares). O adversário brasileiro no domingo será a decepcionante França, derrotada pelos Estados Unidos. Outra zebra foi a vitória do Japão sobre a Escócia, empurrando o Cardo para o duelo do Shield contra o Uruguai.
Nas quartas-de-final maiores, grandes duelos, mas a confirmação de uma tendência: a classificação às semifinais de Nova Zelândia, África do Sul, Fiji e Samoa. Desta vez, o grande do sevens que ficou de fora foi a Inglaterra, derrotada pela Nova Zelândia, em jogo de altíssimo nível. Samoa e Fiji também não tiveram vida fácil, passando no aperto por Quênia, ascendente no circuito, e País de Gales, respectivamente. Apenas a África do Sul não teve susto, em duelo com a Argentina.
Serão dois superduelos nas semifinais: Nova Zelândia contra África do Sul, e Fiji versus Samoa.
Brasil se despede contra a França
A Seleção Brasileira se despediu de Las Vegas com a quinta derrota, dessa vez contra a França, na semifinal do Shield. O Brasil teve o começo dos sonhos, com Putim arrancando para o primeiro try do jogo, convertido por Daniel Gregg. O 7 x 0 para o Brasil durou pouco, e a França encerrou o primeiro tempo anotando 2 tries, com Belanger e Igna. Fisicamente superiores, os franceses prevaleceram na segunda etapa, e deslancharam no placar. Laugel, Belanger e Bouhraoua deram números finais à partida, 33 x 7 para os Bleus. O Brasil lutou até o fim, mas, num torneio de profissional, o amadorismo presente do Brasil foi determinante para a inferioridade brasileira em todas as partidas, ficando atrás dos adversários em todos os quesitos.
Na partida seguinte, o Uruguai foi derrotado por outro placar largo, 40 x 14 para a Escócia, e juntou-se ao Brasil nas duas últimas colocações do torneio.
Semifinais emocionantes
À exceção do Shield, as demais semifinais foram tiver muita emoção. No Bowl, a Austrália sofreu para derrotar os Estados Unidos que, atrás no placar, reagiram no final e quase aprontaram para cima dos aussies. Os australianos farão a decisão contra o Canadá, que passou pelo Japão, do não tão japonês Lote Tuqiri, ex-Wallaby que atua no sevens nipônico.
No Plate, a Argentina conseguiu uma doce vitória sobre a Inglaterra, complicando a vida dos arquirrivais na briga pelo título do circuito. Em semana conturbada politicamente pela crise envolvendo as Ilhas Malvinhas/Falklands, a vida no duelo valeu muito para os sul-americanos. 21 x 19. Foram 2 tries de Migliore e 1 de Bruzzone. Na outra partida, o Quênia conseguiu outra sofrida vitória, sobre Gales, por 22 x 14, com Injera e Kayange novamente se mostrando decisivos.
Na Cup, a Nova Zelândia atropelou de forma impressionante a África do Sul. 20 x 7, com 15 x 0 no primeiro tempo. Heem, Jackman e Tomasi Cama fizeram os tries no primeiro tempo, e DJ Forbes no segundo tempo, liquidando a fatura.
A segunda partida foi muito mais emocionante, envolvendo Fiji e Samoa. Foi um duelo épico. Os fijianos dominaram o primeiro tempo, aparentando que teríamos mais uma final entre Fiji e Nova Zelândia. 12 x 0 no intervalo, com tries de Nayacelevu e Cakau. Contudo, Samoa reagiu brilhantemente no segundo tempo, fazendo e convertendo 2 tries, com Perez e Autagavaia. 14 x 12, grande virada!
Samoa conquista a América!
Samoa e Nova Zelândia fizeram uma final eletrrizante nos Estados Unidos. Os samoanos começaram a partida com tudo, anotando 2 tries, Paul Perez e Alafoti Faosiliva. Os neozelandeses diminuiram antes do intervalo, com Charles Piutau, levando o jogo para a metade derradeira em 12 x 5 para Samoa. Os Homens de Preto cederam mais um try logo no primeiro minuto, de Autagavaia, mas correram atrás do prejuízo magistralmente, e empataram o duelo em 19 x 19, com tries de Tomasi Cama e de Ardie Savea. No último minuto, Samoa trabalhou a bola com muita cataegoria, e já com o tempo esgotado, cravou o try do título, com o craque Faosiliva, na ponta. 26 x 19, festa azul! Samoa privou a Nova Zelândia de mais um título, e encostou no pelotão de cima da classificação da temporada, chegando ao quinto posto. A Nova Zelândia seguiu em primeiro lugar.
Na decisão do terceiro lugar, Fiji e África do Sul fizeram outro grande duelo, que valia pontos preciosos para os dois times. Fiji venceu por 21 x 15 e se manteve na cola da Nova Zelândia na temporada, com apenas 5 pontos a menos.
A final do Plate (5º lugar) também foi muito atraente, com duas seleções em alta duelando. Argentina e Quênia fizeram uma partida de muito bom nível, mas os quenianos não deram chances aos argentinos, derrotando o melhor time sul-americano por expressivos 21 x 7. O título foi vital para o Quênia, que alcançou sua melhor colocação na temporada 2011-12.
Na final do Bowl (9º lugar), o título coube ao Canadá, que festejou muito a conquista, por ter sido contra a poderosa Austrália, e conquistado no final da partida. 19 x 17, Sean Duke marcando o try da vitória já com o tempo regulamentar esgotado. Com a vitória, o Canadá assumiu a 10ª colocação na temporada, uma posição sensacional para uma equipe que não disputou todas as etapas do circuito.
Por fim, na final do Shield, a França minimizou o vexame da campanha derrotando a Escócia.
Domingo, dia 12 de fevereiro
Las Vegas Sevens - em Wellington, Nova Zelândia - 4ª etapa da Série Mundial de Sevens
Grupo A: Nova Zelândia, Samoa, Austrália e Japão
Grupo B: Fiji, Canadá, Argentina e Estados Unidos
Grupo C: França, África do Sul, País de Gales e Uruguai
Grupo D: Inglaterra, Quênia, Escócia e Brasil
Sexta-feira, dia 10 de fevereiro / Sábado, dia 11 de fevereiro
(a partir das 22h00, horário de Brasília)
1ª fase
Fiji 14 x 12 Argentina
Canadá 19 x 12 Estados Unidos
França 12 x 14 País de Gales
África do Sul 35 x 0 Uruguai
Quênia 17 x 14 Escócia
Inglaterra 29 x 5 Brasil
Nova Zelândia 31 x 5 Austrália
Samoa 33 x 0 Japão
Fiji 33 x 19 Estados Unidos
Canadá 12 x 19 Argentina
França 21 x 19 Uruguai
África do Sul 29 x 12 País de Gales
Quênia 38 x 0 Brasil
Inglaterra 12 x 7 Escócia
Nova Zelândia 42 x 5 Japão
Samoa 19 x 15 Austrália
Sábado, dia 11 de fevereiro / Domingo, dia 12 de fevereiro
Brasil 5 x 33 Escócia
País de Gales 28 x 7 Uruguai
Austrália 10 x 7 Japão
Fiji 19 x 10 Canadá
Quênia 7 x 7 Inglaterra
França 5 x 33 África do Sul
Nova Zelândia 12 x 5 Samoa
Argentina 14 x 12 Estados Unidos
Quartas-de-final do Bowl (9º ao 16º lugares)
Austrália 50 x 0 Brasil
França 5 x 21 Estados Unidos
Escócia 14 x 15 Japão
Canadá 29 x 0 Uruguai
Quartas-de-final da Cup (1º ao 8º lugares)
Nova Zelândia 12 x 7 Inglaterra
África do Sul 24 x 5 Argentina
Quênia 14 x 19 Samoa
Fiji 12 x 5 País de Gales
Semifinais do Shield (13º a 16º lugares)
Brasil 7 x 33 França
Escócia 40 x 12 Uruguai
Semifinais do Bowl (9º a 12º lugares)
Austrália 19 x 14 Estados Unidos
Japão 5 x 21 Canadá
Semifinais do Plate (5º a 8º lugares)
Inglaterra 19 x 21 Argentina
Quênia 22 x 14 País de Gales
Semifinais da Cup (1º a 4º lugares)
Nova Zelândia 20 x 7 África do Sul
Samoa 14 x 12 Fiji
Final Shield
França 22 x 7 Escócia
Final Bowl
Austrália 17 x 19 Canadá
Final Plate
Argentina 7 x 21 Quênia
3º lugar
África do Sul 15 x 21 Fiji
Final Cup
Nova Zelândia 19 x 26 Samoa
SAMOA CAMPEÃ
Fonte: Blog do Rugby